Espinheira santa, gênero Maytenus, pertence a familia Celastraceae, predominantemente encontrado na região sul do Brasil e nos países vizinhos, Paraguai, Uruguai e leste da Argentina em áreas de sub-bosque.
A propagação de espinheira-santa pode ser feita por sementes, vegetativamente por estacas caulinares herbáceas e por micropropagação (1).
As indicações terapêuticas das folhas da espinheira-santa são antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica como sugere a descrição farmacológica encontrada no Memento Fitoterápico, Farmacopeia Brasileira (2).
As espécies Maytenus ilicifolia e M. aquifolia apresentam as mesmas propriedades medicinais por conta dos compostos presente nas folhas.
Apesar da grande diversidade de espécies medicinais nativas do Brasil, a produção brasileira de fitoterápicos ainda atua de modo extrativista proveniente de fonte não certificada (3).
Somente algumas empresas cultivam, processam e comercializam os fitoterápicos mantendo um sistema de rastreabilidade.
A produção extrativista afeta a qualidade dos medicamentos e compromete a eficácia e segurança dos mesmos.
A solução deste problema vem do plantio e cultivo de mudas certificadas com procedência documentada, como sugere a Organização Mundial de Saúde (4).
Referências:
1 – Pereira, A.M.S., J.R. Moro, R. M. Moraes-Cerdeira, S.C.Franca (1995) Effect of phytoregulators and physiological characteristics of the explants on micropropagation of Maytenus ilicifolia Plant Cell, Tissue and Organ Culture 42: 295–297.
2 – Memento Fitoterápico, Farmacopeia Brasileira(2016), 1ª Edição, ANVISA, Brasília DF.
3 – Terra Jr., O. N.; J. Maldonado (2015) Desempenho comercial dos insumos farmacêuticos vegetais no Brasil. Revista Fitos, Rio de Janeiro, vol. 9(4), 253-303.
4 – World Health Organization – WHO, 2002. WHO Traditional Medicine Strategy 2002-2005. Geneva: World Health Organization.