A espécie Aroeira-pimenteira (Schinus terebintifolius Raddi), também conhecida como pimenta-rosa e aroeira-vermelha, pertence à família Anarcardiaceae.

Árvore pioneira nativa da Mata Atlântica, presente em toda a costa brasileira, no Mato Grosso do Sul e nos países vizinhos Argentina, Paraguai e Uruguai. 

Ocorre em diferentes formações e tipos de solo. Quando jovem a aroeira-pimenteira atinge de 5 a 10 m e na idade adulta pode chegar à 15 m de altura com o DAP (diâmetro à altura do peito, no Brasil, o DAP é medido à altura de 1,30 m sobre o nível do solo de 60 cm.

A madeira tem uso na fabricação de moirões para cerca e na produção de carvão. Quando maduros os frutos são  drupas avermelhadas que apresentam sabor adocicado e aromático, por isso são apreciados na culinária gourmet como condimento (1).

Apesar do valor comercial da pimenta-rosa para a culinária, a colheita é considerada extrativista. Com o interesse da indústria alimentícia se espera que no futuro haja mais disposição em implementar o manejo da espécie e o desenvolvimento da cadeia produtiva com regras de cultivo e colheita para manter a qualidade dos produtos.

Além do apelo gourmet da aroeira-pimenteira, Lenzi e colaboradores (2) relatam a importância da espécie para a meliponicultura. 

O plantio em áreas de restauração ecológica pode atrair várias espécies de abelha nativas, contribuindo para a perpetuação das mesmas.

A importância da aroeira-pimenteira inclui também o  uso das folhas para extração de óleo essencial com propriedades inseticidas e antimicrobianas, podendo ser um bioinsumo no controle de pragas, sem deixar resíduos tóxicos (3).

Referências

1 – Neves, E. J. M.,  A. M. Santos, J.B. V. Gomes, F. G. Ruas, J. A. Ventura (2016) Cultivo da aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi) para produção de pimenta-rosa. Link

2 – Lenzi M, A.I. Orth, S. Laroca  (2003) Associação das abelhas silvestres (Hym., Apoidea) visitantes das flores de Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), na Ilha de Santa Catarina (sul do Brasil). Acta Biológica Paranaense 32: 107-127.

3 – Santos, M.R.A., R. A. Lima, A. G. Silva A.G., D.K. S. Lima,  L. A. P. Sallet, C.A. D. Teixeira, V. A. Facundo (2013) Composição química e atividade inseticida do óleo essencial de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) sobre a broca-do-café (Hypothenemus hampei) Ferrari. Rev. Bras. Pl. Med.15 (4);757-762.

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